sexta-feira, 8 de maio de 2015

MORMO UMA DOENÇA QUE MATA OS EQUINOS E ATE MESMO HUMANOS

Mormo
Introdução
O Mormo, doença da lista das doenças de notificação obrigatória da Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE), possui como agente causal uma bactéria denominada Burkholderia mallei que acomete os cavalos e, de forma mais grave, os asininos e muares, podendo acometer inclusive o homem.
A doença está incluída entre aquelas passíveis de aplicação das medidas previstas no Regulamento de Defesa Sanitária Animal (Art. 61 e 63 do Decreto n° 24.548 de 03/07/1934), sendo obrigatório o sacrifício dos animais doentes, uma vez que não existe cura e trata-se de uma enfermidade de interesse de Saúde Pública.
Histórico
Não há dados precisos sobre a época em que o mormo foi introduzido no Brasil. Ao longo do século XIX várias ocorrências da doença foram registradas, principalmente nas cidades do Rio de Janeiro, Campos, São Paulo e Salvador.
Desde 1968 não houve registro de nenhum novo caso da doença em território nacional até que, em setembro de 1999, sete animais, provenientes de usinas de cana de açúcar da zona da mata dos Estados de Pernambuco e Alagoas, mostraram-se reagentes ao teste de fixação de complemento.
Sintomas
A doença se manifesta sob três formas e, normalmente, os muares e asininos são acometidos na sua forma aguda, enquanto os cavalos, na forma crônica.
Na forma nasal, os animais apresentam febre alta, tosse e descarga nasal com úlceras nas narinas, podendo ocorrer úlceras e nódulos nos membros e abdome.
A forma pulmonar, mais comum nos cavalos, pode causar uma pneumonia crônica acompanhada de úlceras na pele dos membros e na mucosa nasal.
A forma cutânea se apresenta sob a forma de nódulos e úlceras na região interna dos membros com presença ou não de secreção amarelada escura.
Transmissão
Por contágio direto: através da inalação de aerossóis infectados ou contato da pele lesada
Por contágio indireto: através da ingestão de água e alimentos contaminados.
 A transmissão se dá por meio do contato dos animais com as secreções e excreções de doentes, especialmente a secreção nasal e o pus dos abscessos, que contaminam o ambiente e, principalmente, comedouros e bebedouros. 
Controle e Erradicação
As medidas de controle e erradicação envolvem:
• Sacrifício dos animais positivos às provas de diagnóstico
• Enterro ou incineração dos cadáveres
• Desinfecção das instalações e de todo material que esteve em contato com os animais doentes
• Interdição da propriedade e saneamento do foco (que consiste na realização de exames em todo o plantel e sacrifício dos animais positivos)
• Notificação de qualquer suspeita ao serviço de defesa sanitária animal do Estado.
Estados com Notificação de Mormo
Hoje, o mormo ocorre nos Estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, São Paulo e Sergipe. Entretanto, outros estados encontram-se protegidos por normas de trânsito interestadual de eqüídeos, através da Instrução Normativa SDA Nº 24 de 05 de Abril de 2007.

CURSO DE VACINAÇÃO PARA OS CRIADORES DE GADO

Campanha contra febre aftosa inclui Cursos de Boas Práticas de vacinação em todo o Estado
Com o início da campanha de vacinação contra a Febre Aftosa, na ultima quarta-feira, 15, o Governo de Rondônia, por meio da Idaron (Agência de Defesa Sanitária Animal) vem realizando cursos periódicos de Boas Práticas de Vacinação contra os vários tipos de doença que podem atingir o rebanho de Rondônia. Os cursos fazem parte do calendário da Idaron, iniciados um mês antes da campanha de vacinação anunciada pelo governador Confúcio Moura e que se estende até 15 maio, com data limite para comprovação até dia 22 do mesmo mês. Os Cursos vêm sendo realizados nas regionais da Idaron que congrega as 84 unidades da agência.

A Idaron, em todo o Estado, faz parcerias com proprietários de sítios de fazendas para a realização dos cursos. Foi o que aconteceu na Fazenda Minas-Paraná onde Cerca de 50 pessoas participaram de uma palestra no quilômetro 64, BR 364, sentido Cuiabá, entre Candeias e Itapuã, quando foram repassados conhecimento teórico, pela manhã. Depois do almoço, as aulas foram práticas com vacinação. Os animais foram cedidos pelo proprietário da fazenda, Silas Gonçalves do Nascimento.
O Agricultor disponibilizou a sede da propriedade e alguns bezerros para serem vacinados pelos participantes, a maioria, trabalhadores rurais e criadores. Alguns, são técnicos da Emater, segundo informou a palestrante Viviane Neves Machado. Além da Febre Aftosa, o curso tratou também da necessidade de vacinar contra Brucelose, Raiva, Carbúnculo e outras doenças. A única vacina que se recomenda utilizar o material descartável é contra a Brucelose. São bezerras de três a oito meses. “Estes animais recebem a vacina uma única vez na vida”, destacou.
Nesse caso, é necessário que seja utilizado o material descartável de modo a evitar a contaminação. O procedimento precisa ser feito por pessoas treinadas nessas palestras. “Ao oferecer o curso sobre as doenças, colaboramos com o criador no sentido de imunizarmos o rebanho e diminuirmos a possibilidade de foco”, disse a palestrante. A veterinária informou que o manuseio correto dos equipamentos, bem como o manejo do animal, são fundamentais.

O presidente da Idaron, José Alfredo Volpi, agradece o apoio de todos os proprietários rurais do Estado que cederam seus sítios ou fazendas, para que cursos como estes possam ser realizados no decorrer da campanha de vacinação. É importante que profissionais da pecuária participem dos cursos oferecidos e que as vacinas sejam aplicadas de maneira correta, aumentando a eficácia. “Existem muitas coisas novas na tecnologia que ainda precisamos aprender”, disse Volpi.
A veterinária Virgínia Amorim, da Unidade de Itapuã, afirma que “o mais importante é orientar o produtor a vacinar da maneira correta contra todo tipo de doença, e que no caso específico da campanha contra a febre aftosa em curso, tenhamos o melhor aproveitamento possível. O criador Antônio Lopes da Fazenda Campos, no Distrito de Triunfo concorda com a veterinária. Ele disse que “depois de tantos anos trabalhando com gado, muitas coisas que vi nessa palestra eu não conhecia”, ressaltou. O sitiante, Gerson Plaster, que também participou do evento, tem a mesma opinião. Considera ser importante e gratificante o curso oferecido.
“Isso amplia nosso conhecimento numa área que a gente já atua, mas que muitas coisas não sabia”, disse Gerson. O também pecuarista, João José Machado, 69 anos, veio do Sítio Santa Maria, na linha 4. Ele também apoia o conteúdo apresentado na palestra. “O governo está de parabéns”. O curso é nota 10,” disse o agricultor e pecuarista. “Saímos daqui satisfeitos por aprender como funcionam os equipamentos utilizados para vacinar e tratar ainda melhor nosso gado, principalmente neste inicio de campanha contra a Febre Aftosa”, concluiu.